sexta-feira, 8 de julho de 2011


Acorda-te para expulsar tua saudade.
Tenha cautela o fio da navalha gela teu peito, a sombra do arvoredo, a velha esquina que ao vento me sopra poesia.
O fantasma do tempo esparramado sob os prédios preenche cada espaço vazio que há por dentro.
Vazio repleto de ar, vazio cheio por dentro.
Desritmado sigo o passo do homen ferido.
Risonho por fora, mas triste por dentro.
O vazio que temos está cheio e mesmo cheio tem um bocado de espaço por dentro.

domingo, 3 de julho de 2011

O acaso


O que antes me saciava não me convém.
Tenho em mãos aquilo que em uma noite fria se procura em todo canto da cidade.
Porem nessa hora seria uma busca um tanto quanto desastrosa.
Ela está bem ao meu lado despida e crua, diz sentir muito frio.
Não me importo.
Apenas um cobertor e uma cama e boa noite.
Ela parte como quem não vai voltar, mas volta disposta a me aquecer e me fazer esquecer do buraco enorme que tem aqui dentro.
Ela é bonita e tem a pele cheirosa outrora seria bem vinda, quem sabe até uma próxima.
Ela me vê sem erros, apesar de tantos, inúmeros.
Não seria correto mentir assim.
Não me pergunte, não exija nada de mim.
Não quero qualquer sexo, nem qualquer beijo, qualquer noite.
Opa amanheceu preciso dormir. Bom dia

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pausa de mil compassos

O amor perfeito é breve, se é que ele existe mesmo.
O que vemos por ai são amores acomodados.
O amor perfeito é aquele que temos em mãos desfrutamos de seu corpo colhemos suas frutas e ao amanhecer ele parte para sempre com um beijo frio.
O amor que nunca mais volta, aquele que enterramos, velamos e nos despedimos.
Que está ausente no tempo mas presente na lembraça.
Que eternamente será uma criança doce e brincalhona.
A brisa o levou pelo ar, sem destino nem porto.
Orquestar o coração é desastroso com inúmeras figuras tortas ou retas.
Usei as armaduras mais feias, enarmônicas e melancólicas.
Com acordes imensos que lembrasse campos e casas baldias.
Métrico conforme a batida do teu peito.
Sambas quentes, valsas tristes.
Mas agora que eu quero mesmo em minha pauta.
È um samba feito em linhas mortas com notas mudas.
Quero uma pausa de mil compassos.
Um dia a casa cai.
E tu voltaras com os passos miúdos.
Lacrimejando pelas esquinas ao telefone.
Pode ser tarde de mais.
Sou feito de galho e pó.
Sou pássaro, sou a brisa passageira.
Pode ser que eu não há encontre quando queira.
È a chuva quem castiga esse corpo.
O sofá continua imóvel.
Com álcool me mantive.
Me trocas como quem troca de carro, blusa.
Se meu carinho não pode te guiar.
Que se vá, cresça floresça e desapareça.
Pois não sobrou nada desse amor.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A noite do meu bem

Quem disse que não estava aqui, com esse moço de olhos anis.
Me tira pra bailar me bota pra dançar até rolar na cama e me difama.
Hoje vejo teu sorriso vadio com outra mulher.
E quando me deste a tua mão deu para sentir, que o tempo parou por aqui.
Agora eu estou tão triste assim e não levante, não venhas até mim.
Deixe que o tempo me leve a ti.
O sonho se despedaça com o tempo.
Muitas coisas se perderam pelas avenidas que cruzei.
Recordar trás a vida para a palma da mão.
Olhei pela janela e há vi falecer.
Hoje és minha mais do que nunca.
Só perdemos o que é nosso de fato.
Sinto tua perda, é porque um dia tu foi minha.
Não tenho a precisão dos fatos, mas tenho buscado.
Não há paraiso sem perdição.

Lobo em pele de cordeiro.

Você anda por ai dizendo tanta coisa.
Que sai todo dia em revista e televisão.
Diz ser um artista popular
E que seu passado era mesmo de amargar.
Quem o conhece como eu, sabe ao certo.
Que isso é media para fazer a madame chorar.
Que o teu samba nunca saiu do barracão.
Eu sou João, mas levo o samba com união.

E vem pra cima de mim com essa marra de artista.
Falando estranho, pede licença não se pode tocar.
Anda pela Lapa vai até Miami Beat.
Quando menos espero tu já esta lá no bar, será?